Caro irmão,
A missão da ciência
Estudar os seres deste universo, que é chamado de livro do cosmos, significa apresentar informações detalhadas sobre eles.
Isso pode acontecer em nível micro, como também em nível macro. Ou seja, a religião islâmica nos encoraja a investigar como e de que forma cada ser foi criado, desde átomos até galáxias, e elogia os cientistas e o trabalho científico.
O conhecimento de Deus.
é possível através do conhecimento e da investigação das suas obras no universo.
Refletir sobre a criação planejada, equilibrada, artística, sábia, intencional e com propósito, revelada por estudos científicos, é considerado superior a um ano de adoração voluntária, e essas reflexões são elogiadas por serem um degrau para o Marifetullah, ou seja, para conhecer e reconhecer a Deus.
O que o Islã não aprova, não considera adequado e rejeita é atribuir a existência dessas coisas à coincidência e à natureza, e afirmar que elas surgiram por si mesmas, excluindo a intervenção de Deus.
As opiniões e ideias apresentadas sobre como os seres surgiram podem ser avaliadas da maneira que se desejar, desde que se considere como obra de Deus, a menos que haja uma disposição clara em um versículo a respeito do assunto.
Para que um muçulmano possa tomar decisões firmes e seguras sobre a criação e fazer avaliações acertadas, ele deve, no mínimo, consultar a tradução do Alcorão e examinar os hadiths sobre a criação dos seres. Caso contrário, ele se torna um defensor indevido das ideias apresentadas pelos filósofos sobre a criação, sem levar em consideração sua veracidade ou falsidade. Tal situação não seria um comportamento adequado para um muçulmano pensante e pesquisador.
Após esta avaliação geral, vamos à pergunta. Ele quer saber se a inclusão ou consideração do leopardo como pertencente à família felina tem alguma responsabilidade espiritual, do ponto de vista da religião islâmica.
Deus menciona a criação especial do homem no Alcorão; não há uma regra clara para outros seres.
No entanto, declara-se que todo ser vivo foi criado da água. É sempre possível que existam diferentes interpretações e avaliações sobre o que deve ser entendido por “criado da água”.
Classificar os seres de acordo com diferentes critérios e destacar as semelhanças e diferenças entre eles é uma necessidade do trabalho científico. Desde que se considere esses seres como obra de Deus, isso não contraria o Islã.
Os filósofos ateístas de hoje, ao manterem o homem constantemente preocupado com seu passado e com a origem passada dos seres, e ao lhe apresentarem esse passado, fazem com que ele deixe de notar a maravilha e a perfeição de sua própria criação. A preocupação com o passado o impede de pensar em sua própria criação.
No entanto, há pouco tempo, a vida era unicelular.
Aquele que, a partir de uma única célula, hoje pensa, fala, come e bebe, se alegra e se entristece, sonha e domina todo o universo, avaliando-o em todos os seus aspectos, e cujas inúmeras células são renovadas a cada instante, a quem atribuirá essa criação?
Considerando isso, o homem não terá dificuldade em encontrar seu criador. Ele não terá dificuldade em aceitar que o criador, que o trouxe de uma única célula a este estado, com seu conhecimento, vontade e poder, também criou a primeira criação das coisas com a mesma facilidade e leveza com que criou plantas, animais e humanos a partir de uma única célula hoje.
“Quem fez o de hoje, fez o de ontem, e fará o de amanhã com a mesma facilidade.”
dizendo isso, muitas das apreensões e dúvidas sobre a criação desaparecerão.
Portanto, para entendermos a criação original dos seres, que não podemos colocar em laboratório nem reproduzir, precisamos observar como esses seres são criados hoje. Caso contrário, se ficarmos presos apenas ao passado, nos tornaremos meros defensores dos filósofos ateístas, defensores entusiastas de suas ideias infundadas, que não têm nada a ver com a verdade, em nome do conhecimento científico.
Isso coloca um muçulmano sob uma grande responsabilidade espiritual.
Com saudações e bênçãos…
O Islamismo em Perguntas e Respostas
